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Foto: Renan Mattos (arquivo, Diário)
Equipamento foi comprado em 2011 e posto em operação em 2019
Com a quebra do aparelho de ressonância magnética do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), cerca de 200 pacientes aguardam na fila por exames. Conforme a instituição, uma falha no gradiente impossibilita o uso do equipamento desde o dia 28 de outubro. O aparelho é o mesmo que foi tema judicial em 2018, quando o Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) colocasse o equipamento em funcionamento. Ele foi adquirido em 2011 e até então nunca havia sido feito um único exame. Os primeiros pacientes foram atendidos apenas em 16 de janeiro de 2019.
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Na sexta-feira, a empresa responsável já trabalhava no conserto do equipamento, e a expectativa é que o reparo seja concluído nos próximos dias. Por enquanto, são cerca de 40 pacientes internados no Husm no aguardo de uma ressonância magnética. A lista de espera conta ainda com outros 160 pacientes ambulatoriais. De acordo com a instituição, "o Husm deu início a abertura de contrato emergencial para terceirizar o exame até o conserto do aparelho". Esse é o único aparelho de ressonância magnética disponível na rede pública de Santa Maria que atende pacientes pelo Sistema único de Saúde (SUS).
O EQUIPAMENTO
O aparelho de ressonância magnética pesa cerca de sete toneladas. A compra, no valor de R$ 1,6 milhões, aconteceu em abril de 2011, por meio de Pregão Eletrônico promovido pelo Fundo Nacional Para o Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC). A assinatura do contrato foi realizada no dia 16 de agosto de 2011 entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a empresa Sul Imagem Produtos para Diagnósticos Ltda. para fornecimento de equipamento da marca GE Healthcare.
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No ano seguinte, com o equipamento já no Husm, foi iniciado o projeto arquitetônico para a obra de preparação da sala que iria receber o equipamento (a sala original não suportaria o peso). A obra foi licitada três vezes e começou em janeiro de 2014. Depois de 10 aditivos, o contrato foi rompido em 25 de dezembro de 2015, com 87,92% da obra concluída. A partir daí, o Husm assumiu a obra, que foi concluída em fevereiro de 2016. A empresa que vendeu o equipamento teve de encomendar, do exterior, peças que faltavam para a máquina entrar em operação. Em 2017 quando o Husm foi cobrar das empresas a instalação, nem a fabricante, nem a empresa vencedora da licitação queriam se responsabilizar. Com o impasse resolvido, a GE (fabricante) fez a instalação e os ajustes necessários para o início do funcionamento do aparelho.
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Em agosto de 2018, o aparelho foi instalado e o Husm solicitou à Ebserh a contratação de 15 novos profissionais para começar a operação. No dia 8 de agosto, o Ministério Público Federal entrou na história e emitiu uma recomendação dando um prazo de 30 dias para que o Husm, a UFSM e a Ebserh colocassem em funcionamento o aparelho, o que aconteceria apenas em janeiro do ano seguinte, com expectativa de realização de cerca de 300 exames por mês.